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Humanos infiltrados


Imagem do Google

            De repente, ela notou o pensamento. Procurou ao redor, em meio ao pátio da escola onde as demais crianças brincavam. Então, avistou no parapeito do primeiro andar do prédio o homem careca, olhando para ela.
Ele não era deste mundo e queria se comunicar. E ela era a única com sensibilidade para escutar mentalmente. Explicou que vários outros como ele andavam pela Terra, ouvindo, observando, entendendo os seres extraterrestres que viviam nesse planeta.
Ela escutou apenas. Entendeu que os humanos eram cegos em vida, por isso não viam o óbvio. Depois, num piscar de olhos, o homem desapareceu.  Era como se nunca tivesse estado ali. Mas ela sabia que estivera. Teve o privilégio de conhecer um segredo do universo.
Anos depois, ela procura pelos outros humanos infiltrados. Mas não consegue mais ouvi-los, nem vê-los. Tornou-se insensível como os demais.

3 comentários:

  1. Sensitividade, sensibilidade...

    Shakespeare estava certo, "há mais mistérios entre o céu e a terra do que pode julgar nossa vã filosofia."

    Filho de mineiros, sou como Riobaldo: "não sei quase nada, mas desconfio de muita coisa..."

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  2. Que não percamos a ternura como disse Tche Guevara, que sejamos visivelmente humanos \o/

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  3. Rovênia, para mim essa postagem dá uma profunda reflexão. É misterioso, mas não é um segredo.
    ;)
    Manoel

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