Emília deveria ser a primeira boneca de todas as meninas brasileiras.
Ela é de pano, dona de toda a curiosidade , tem senso crítico e um mundo de fantasias
naquela cabecinha sem miolo. É a mais pura tradução de um Brasil de antigamente,
quando a indústria de brinquedos não injetava novidades nas prateleiras das
lojas e a criatividade caipira reinava entre as famílias.
Ao dar vida à Emília, Monteiro Lobato imortalizou a época em que
avós e mães criavam as bonecas de pano das filhas, das netas. Hoje esse fazer
artesanal é cada vez mais raro. Guardar
retalhinhos, botões coloridos para criar bonecas e oferecê-las à uma criança é
dar início a uma nova história, como as tantas que Monteiro Lobato
escreveu.
Basta dar um tempinho à pressa e observar. A criança presenteada
, com olhos brilhando, um sorriso maior que o universo, vai sentar-se no
chão e conversar com a boneca como se ela fosse gente. São as novas Emílias que
ganham vida. Genialidade percebida por
um escritor sensível ao nosso Brasil rural do século XX.
Que tal sentar-se hoje no chão, Dia Nacional da Literatura
Infantil, e contar a história da boneca falante? Que não virou menina de verdade, como o boneco
de madeira chamado Pinóquio, mas ganhou vida para ser a única boneca gente! Uma boneca muito, muito inteligente.
Tanto que ela sabia bem matemática e a gramática do nosso português
(Emília no País da Gramática e Aritmética da Emília), um desafio para as nossas crianças de hoje. Muitas ainda não conseguem se alfabetizar até os 8 anos.
A Emília faz parte de nossa infância e lembro que minha mãe fazia a boneca. Era um sucesso! beijos,chica
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ResponderExcluireu criança gostava de ficar debaixo do pé de jabuticabeira lendo. hoje, não se pode descartar a realidade social em que cada um vive. muitas crianças ficam paralisadas porque não recebem atenção necessária, outras são alvos de agressões, outras sofrem abusos sexuais, algumas têm que trabalhar para sustentar suas famílias, isso é desolador . eu sempre vou ao abrigo contar estórias. quando nossos sonhos se alinham sinto Deus nos amparando
e fortalecendo o coraçãozinho de cada um.
(aproveite bem este momento com suas meninas ...depois é duro vê-las zanzando com "50 tons" nas mãos)
....rindo.
beijo
A Emilia é o retrato de uma infancia anos 80/90, inocente, que infelizmente hoje, não existe mais, ou pelo menos não na mesma quantidade.
ResponderExcluirHoje em dia os pais são obrigados a comprar brinquedos caros que já fazem tudo por sí só, retirando a imaginação que uma simples boneca de pano pode trazer.
Rovênia, a Emília é parte de nossa vida por aqui. Moro em Taubaté, terra de Monteiro Lobato e Capital da Literatura Infantil.
ResponderExcluirEm sendo terra de Monteiro Lobato não temos como não acreditar, mas Capital da Literatura Infantil, ..., essa idéia já foi abandonada há anos.
Muito bacana a sua lembrança em homenagem a criançada.
Beijo
Manoel
Eu amava assistir o sítio só pra ver a Emília, acho que as crianças de hoje não saberão como é o=isso, já se importam mais com produtos tecnológicos.
ResponderExcluirbeijos
Os meus tempos de menina foram com os personagens do sítio (e tinha também o Tesouro da Juventude). Só muito tempo depois veio o programa de TV. Mas são personagens inesquecíveis, que permanecem. Marido tem um paladar muito apurado - eu faço a comida mas ele sempre identifica os ingredientes e as primeiras lembranças gastronômicas que tem vieram da cozinha do sítio. Depois você lê neste link http://moroemumkinderovo.blogspot.com.br/2012/06/lembrancas.html
ResponderExcluirRo, lembro bem o tempo em que a Globo exibia o Sítio do Picapau Amarelo nos finais de tarde. Ô delícia...
ResponderExcluirTive muitas bonequinhas de pano na minha infância, algumas feitas por mim. Até hoje elas são minha grande paixão! Bjs!
Quase todas as meninas brincaram de Emília, é simplesmente um encanto e foi uma série de Tv que ninguém esquece,
ResponderExcluirAdorável!
Conheço ainda quem sabe e tem prazer de fazer bonecas de pano_ vou deixar o link dela para conhece-la.São também muito lindas.
http://estela guardadosachados.blogspot.com.br/
Passa lá.
beijinhos Rovênia
Ai que delícia! Seu post me fez lembrar a minha boneca Emília, um pouco diferente desta, com cabelo mais comprido.
ResponderExcluirCheguei a sentir o cheirinho ao tirá-la da caixa.
Também tinha medo da Cuca!
Beijo e feliz dia da literatura infantil! Eu adoro!
Beijo
Podemos dizer que nossa infância foi privilegiada com alguns elementos que são um verdadeiro tesouro da nossa cultura, o interessante é a curiosidade de minhas filhas em relação ao que vivi na infância, o que assistia, que musica ouvia, os filmes que assisti, realmente um tesouro.
ResponderExcluirBeijos
Joelma
E eu me lembrando... que, lá pelos anos 70, dez minutos antes de terminar a aula a professora lia Reinações de Narizinho - era um momento mágico!
ResponderExcluirHá alguns dias eu liguei a TV e vi uma discussão absurda sobre a possibilidade de serem "abolidos" os livros de Monteiro Lobato das escolas porque, segundo se discutia, ele era "racista". Nós, crianças daquela época, só percebíamos a magia de suas histórias...
Adorei a matéria e concordo com o argumento.
ResponderExcluirEm meu espetáculo teatral
pude traze-la como personagem.
Bjins
Essa data devia ser tão ou mais comemorada que algumas outras.
ResponderExcluirPor falar em Emília (sou fã do Lobato, tenho uma coleção completa), curte só essa aula de filosofia da Emília:
"– A vida, senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem pára de piscar chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos – viver é isso. É um dorme e acorda, dorme e acorda, até que dorme e não acorda mais [...] A vida das gentes neste mundo, senhor Sabugo, é isso. Um rosário de piscados. Cada pisco é um dia. Pisca e mama, pisca e brinca, pisca e estuda, pisca e ama, pisca e cria filhos, pisca e geme os reumatismos, e por fim pisca pela última vez e morre. – E depois que morre?, perguntou o Visconde. – Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?"
Tenho saudades da época. Que a globo exibia o sitio do picapau a
ResponderExcluirMarelo nos anos 70 80 eu tinha a emilia lancada pela estrela era muito! Velhos tempos que nao voltam.