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Somos capazes de maravilhas, mas somos capazes também de horrores. Não sei o que acontece em Brasília. Desde a morte do índio Galdino em 1997, queimado enquanto dormia numa parada de ônibus da Asa Sul, o gatilho da crueldade mantém-se pronto para novos disparos. O horror repetiu-se novamente esta semana numa briga entre duas mulheres. Leiam aqui. Como a barbárie teve como palco uma quadra residencial em frente ao Colégio Marista de Ensino Médio, o diretor José Leão da Cunha Filho propôs uma reflexão sobre a violência. Abaixo reproduzo parte do texto tão bem escrito:
"Há uma onda de desvalorização da vida no planeta, seja dos homens, seja dos animais e das árvores. Parece que ferir é normal, até mesmo atear fogo numa pessoa, como ocorreu agora na Quadra em que o Maristão se situa. Alguns podem desejar tratar o caso como episódico, porém, o que se observa em todo o país é uma crescente escalada de atentado à vida, sobretudo de mendigos, que vez por outra são queimados vivos ou mortos nas ruas e praças.
(...) nossos alunos (...) estão em idade fértil para a reflexão, assim, costumam ser socialmente inquietos e, em geral, desfrutam de forte senso de humanidade. Eles querem viver de maneira plena, como nos convocou Jesus Cristo: 'Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância' (Jo 10, 10).
A vida é bela. É imperativo que cada um de nós aprenda a apreciá-la, tanto para si, quanto para os outros."
"Tem quem se proteja
por trás
de uma barragem
de bons dias
boas tardes
boas noites
assim não tendo
que ver o que está passando."
É para se refletir, repensar, cutucar, mudar, orar e ter esperança de dias e pessoas melhores
ResponderExcluirQue belo texto e gesto desse diretor ao escrever tais palavras. Realmente a vida pode ser bem bela, evitando certas atitudes. beijos,sempre bom te ler! chica
ResponderExcluirA vida, que é tão preciosa, tem caminhado o trajeto da banalidade. É muita frieza e muita crueldade. Infelizmente. Começar pelos pequenos já é um passo importantíssimo para garantir um futuro melhor.
ResponderExcluirO sociólogo Zygmunt Bauman falando sobre os dramas próprios das sociedades, chama nossas experiências sociais de vida líquida.
ResponderExcluirDiante da crescente violência, sou levado a crer que talvez tudo esteja líquido demais, os valores que escorriam pelos boeiros, agora escorrem em nossos ralos, pois os dramas já batem à nossa porta. Inútil não perceber.
Abraço,Rovênia!
Rovênia, leio-te a pouco tempo, mas suas crônicas, além de humanista, nos leva a reflexão. Belas as suas mensagens otimistas. Parabéns. Bjos.
ResponderExcluirresta a espera, a sabedoria e a paciência
ResponderExcluirpara saber que o outro tempo indelével
é chamado de eternidade!
beijo
Rovênia, a vida é bela sim, as pessoas que não são.
ResponderExcluirO ser humano trás dentro de si uma crueldade que não consegue ser controlada as vezes.
Talvez por restinhos animalescos que temos...
Ontem vi um documentário falando sobre o quanto os chipanzés são violentos e vão para a guerra diariamente por território... Deve vir daí, vai diminuindo com a evolução eu acredito!
Mas é revoltante mesmo!