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Eu tenho um nome diferente e,
confesso, que é perfeito para mim. Eu me sinto única. Rovênia sou eu e pronto.
Eu mesma não conheço nenhuma outra. Embora às pessoas errem pra caramba,
tornando o nome grotesco, não me importo. É uma limitação delas.
Outras, na santa ignorância, já
chegaram a me perguntar se era uma invenção, daqueles nomes que se formam com
metade do nome do pai e a outra metade da mãe... Eu não poderia ser filha de
pais com os nomes mais comuns do mundo: João e Maria.
Meu nome foi ideia da minha mãe,
uma homenagem à melhor amiga dela nos tempos de adolescência. Só lamento que a
amizade das duas tenha se perdido com o correr da vida.
Cheguei a conhecer a irmã da Rovênia:
Rejane, uma elegante morena magra e alta, daquelas que podem usar sem problemas
uma minissaia jeans. Era inteligente. Chegamos a iniciar um curso de graduação
juntas, depois mudei-me para Brasília e perdi contato, repetindo a história da
minha mãe e sua amiga Rovênia.
Bom, descobri na internet a
escritora Melissa Wyatt, que mora nos Estados Unidos, e escreveu um romance
fictício, voltado para o público infantojuvenil, intitulado Raising the Griffin.
É a história de um reino pequeno e esquecido no leste europeu e que foi
extirpado pelos comunistas. Qual é o nome desse país? Pois é, Rovenia. E os
descendentes da monarquia que precisaram negar sua origem e que tentam
reconstruir o reino são os rovenians.
Não resisti e enviei um e-mail
para a escritora. Eu queria saber por que ela teve a ideia de batizar o país
fictício com o nome de Rovenia. Hoje, entre os meus e-mails, estava o da
escritora. Rovenia, disse ela, é um nome incomum também nos Estados Unidos. Existe
por lá uma médica famosa, que vende um elixir da juventude eterna, chamada Rovenia Brock (*).
Segundo
ela, Raising the Griffin foi escrito em um gênero conhecido como “Ruritanian
literature”. Esse nome vem de um país fictício chamado Ruritania nas novelas de
Anthony Hope, incluindo O Prisioneiro de Zenda. Ruritania está situado em algum
lugar na Europa e é regido por uma monarquia.
Bom, essa
foi a inspiração de Melissa ao escrever o seu livro. Ela disse que quando
estava escrevendo Raising the Griffin, procurou por um nome que coubesse na
localização geográfica. E, para isso, pesquisou muitos mapas da área entre Polônia,
Hungria e Ucrânia. “The name Rovenia
just felt like it fit with name of other places in that location”.
Ok, quem sou para contestar. Achei
engraçado e comprei o livro pela internet. Vai na bagagem para as férias de
janeiro. Pelo menos, ninguém vai poder me acusar de não ser original.
(*) E se você ficou curiosa em saber mais sobre as dietas milagrosas da nutricionista Rovenia Brock clique para assistir a vídeos em que ela dá dicas.
Sensacional!!!! Fiquei curiosa para ler este livro. Bom demais quando temos histórias assim para contar!
ResponderExcluirUm abraço.
Bom chegar aqui!!!
Pôxa, Rovênia, que instigante. Espírito jornalístico a mil, heim?!
ResponderExcluirGostei mesmo, super original.
Respeitoso abraço e um final de semana maravilhoso para você!