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Eu estava adivinhando, por isso, quis escrever sobre os
poucos minutos que tive pessoalmente com Oscar Niemeyer. Um gênio, simplesmente.
Da sua obra mais bela, a Catedral de Brasília. É divina, de uma sensibilidade
pura, sem fé. Pura arte do concreto, em mãos postas de quem reza, abertas ao céu. É um monumento singelo, que respeita a geografia do Planalto
Central.
Naquele livro que ele me presenteou, em 2001, tem uma
passagem sobre a Catedral de Brasília:
“ A ideia de fazer uma arquitetura diferente me permite
afirmar hoje aos que visitam a nova capital: ‘Vocês vão ver os palácios de Brasília,
deles podem gostar ou não, mas nunca dizer terem visto antes coisa parecida.’ E
isso se verifica na Catedral de Brasília, diferente de todas as catedrais do
mundo, uma expressão da técnica do concreto armado e pré-fabricado. Suas
colunas foram concretadas no chão, para depois criarem juntas o espetáculo
arquitetural. Um trabalho delicado (...) . E vale a pena lembrar outros
detalhes, com a arquitetura se enriquecendo, como o contraste de luz com a
galeria de sombra e a nave colorida. E lá estão os belos vitrais de Marianne
Peretti, os anjos de Ceschiatti, e a possibilidade inédita que muito agradou ao
representante do papa, de os crentes olharem pelos vidros transparentes os
espaços infinitos onde acreditam estar o Senhor. É o arquiteto a inventar sua
arquitetura, que poucos, muito poucos, vão poder compreender.”
Explico: Niemeyer é ateu. Por que missa por sua alma?
Acho que uma frase de Niemeyer responde essa inquietação:
“Mediocridade
ativa é uma merda!”
Pois é, uma merda mesmo!
ResponderExcluirFico pirada com essas coisas.
E o corpo de lá pra cá, de lá pra cá, exposto, deviam ser respeitosos com o que pensava e disse ele, como o que vc citou ou como:
"Quero ser lembrado como um ser humano que passou pela terra como todos os outros, que nasceu, viveu, amou, brincou, morreu, pronto, acabou!"
Matérias interessantes e outras nem tanto, um circo, como sempre.
Em outro plano talvez seja melhor, que ele não veja nada disso onde esteja, mas o ser humano precisa aprender a respeitar os valores, religião, crença, conduta uns dos outros.
Legal vc ver os traços, a arte, pedacinhos dele da janela de seu trabalho, muito legal! Como disse ele, ainda irei conferir de perto:
"Quem for a Brasília, pode gostar ou não dos palácios, mas não pode dizer que viu antes coisa parecida."
Beijos querida!
Um grande artista se foi! deixou um legado inesquecível,
ResponderExcluirsou apaixonada pelas sinuosidade de seus trabalhos,
quanto aos rapapés referente ao seu velório e sepultamento já nao me surpreende_no entanto acho justo_afinal não foi um homem qualquer ,foi de fato um grande homem!
A missa quem tinha direito de embargar não o fez- a viuva,portanto...vai entender! rs
Um abraço grande
Rovênia, muito bem colocada essa homenagem. Como você o conheceu, consegue passar para nós uma imagem mais real e menos "política" do Niemeyer. Você escreveu muito bem e o resto do comentário ei faço minhas as palavras da amiga Tina.
ResponderExcluirUm abraço, Rovênia
Manoel