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Neto de imigrantes japoneses, Nakasato narra com propriedade da dificuldade de adaptação desse povo ao Brasil, dos preconceitos que sofreram, das saudades e do amor ao Japão, do esforço por manter em terra estrangeira a cultura deles. Os primeiros não queriam a miscigenação, mas com o tempo, a chegada dos filhos e netos, misturariam-se naturalmente aos brasileiros. E, assim, nossa nação seguiu ainda mais puramente miscigenada. Ser brasileiro é, portanto, ser um pouco de cada um do mundo.
Mas a minha inquietação é que na década de 1960, o Brasil viveu uma segunda miscigenação com a construção de Brasília. Brasileiros já miscigenados das nossas cinco regiões e novos imigrantes, inclusive os japoneses, vieram povoar o Planalto Central. Os orientais foram cultivar hortaliças e flores na faixa verde que contornava o Plano Piloto.
Uma segunda saga histórica. Pena que parte dessas colônias agrícolas, terras públicas arrendadas pelo governo, renderam-se à especulação imobiliária. Foram fatiadas e transformaram-se em condomínios residenciais para a classe média.
Neste mundo, voce paga um preço todos os dias. As vezes gasta tudo o que tem....
ResponderExcluirabç
Interessante, Rovênia, nossa cidade também ter de alguma forma agitado esse mix que é nossa miscigenação cultural e genética. Confesso que ainda não tinha me dado conta disso.
ResponderExcluirÓtima semana para você!