Google Images |
Dá um sono danado
depois de “cachar o cureio”. Por isso, gosto sempre de tomar uma xícara de “cajuvira”
e sempre evito pôr muita “camberela” e “mantambu” no prato. Pesa na barriga, dá
mais sono ainda. Queria é, na verdade,
de não ter de “curimbar” tanto!
Você deve estar
imaginando que sou bem doida, não? Conheci hoje uma estudante de escola pública
de Bom Sucesso, cidade do interior de Minas Gerais. Bruna Clemente Gontijo, de
17 anos, tirou o segundo lugar num concurso nacional de redação. Ela tinha de
escrever sobre uma particularidade da sua cidade que tivesse a ver com o
Brasil.
Ela escolheu
falar de um assunto que descobrira recentemente: a existência de um dialeto
africano que sobreviveu no bairro de Ana Rosa, na periferia da cidade onde mora
e termina o ensino médio. É a Língua do Negro da Costa ou Língua da Tabatinga.
A estudante explicou que a sua cidade foi fundada por escravos que trabalham
numa área mineradora próxima.
Fascinada com a
riqueza cultural da sua cidade, ela defende que o dialeto seja reconhecido como
bem imaterial do Brasil. Justo, não?
Ficou curioso? Nesse endereço aqui você encontra o
dicionário da Língua da Tabatinga, que mistura o português rural do Brasil-Colônia
a línguas de grupos Banto, principalmente do quimbundo e do umbundo, ainda faladas
em Angola.
A tradução
acima:
“Dá um sono danado depois de “almoçar”. Por isso,
gosto sempre de tomar uma xícara de “café” e sempre evito pôr muita “carne” e “mandioca”
no prato. Pesa na barriga, dá mais sono ainda. Queria, na verdade, não ter de “trabalhar”
tanto!
Adorei o texto, Rovênia.
ResponderExcluirTão bom essas particularidades da língua, algumas chegam a se transformar em neologismos quando consagradas pelo uso.
Abração!
Rovênia, nosso país é bastante grande e tem tanto a língua como os costumes bem diversificados. É muito importante a gente conhecer a nossa história e ver o porque de muitas coisas que fazemos.
ResponderExcluirMuito interessante sua postagem. Ela ajuda a eliminar os comentários de que somos um povo sem história.
Grande abraço
Manoel
Oi Rovênia
ResponderExcluirUm País deste tamanho tem mil diversidades e essa é bem engraçada.Não entendi bulufas,imaginei logo que era uma língua de alguma tribo por aí rs
Disseminadores não faltaram_indígenas,colonozadores europeus , escravos,fora a gama de imigrantes .
Daí deu no que deu... rs
A estudante está de parabéns, a língua deve ser mesmo reconhecida.
Então Rovênia podemos não'curimbar' tanto essa semana, né não? rs
deixo um abraço grande
Que interessante!! Adoro palavras 'rebuscadas', minha filha me diz que ouve na faculdade algumas palavras que eu falo há muito tempo... adoro usá-las :)
ResponderExcluirAdorei esse post. Beijo Rovênia!!
Ual!
ResponderExcluirQue texto interessante Rovênia. Bela escolha da Flávia. Dar voz a este Brasil que ainda não conhecemos deve ser reconhecido mesmo!
Parabéns à Flávia e obrigada a você por nos trazer esta notícia.
Um beijo pra ti!