Feliz Dia dos Mortos!

Enfim, teremos uma pausa para descansar nesse fim de mais um ano puxado. Infelizmente, para muita gente, 2 de novembro é um dia triste, de chorar pelos amigos e parentes que já não estão mais com a gente. 

Eu sempre tive uma visão particular sobre a morte. E já pedi para minha família que não quero, de jeito nenhum, ser enterrada para ter um lugar onde vão me visitar e chorar. Ou até pior, me deixem lá, esquecida. Quero ser cremada e jogada nas águas de um córrego numa fazendinha que faz parte da minha infância. 

Tenho uma relação boa com a morte. Acho que temos o privilégio de viver a nossa vida e de dividi-la com filhos, amigos, pais, parentes e colegas. Um dia, todos nós vamos. E não quero que ninguém chore por mim. Defendo o bom-humor diariamente e quero ser lembrada como alguém feliz, que gostava de irradiar alegria.

E se alguém que amamos tanto já se foi, vamos ficar bem se 

agradecermos o privilégio do tempo passado ao seu lado.  Por que chorar? Mesmo quando ela vem de forma violenta, rápida demais, a revolta deve ser controlada. Temos a nossa vida para seguir e o sofrimento, a dor, fazem parte do trajeto. 

É isso que temos de ter mente para sobreviver a essas horas, refazer nossos pensamentos e nos doar mais para o mundo. E não esquecer, nunca, que foi uma dádiva conhecer essa pessoa e tê-la por perto. Ainda que pareça um tempo curto demais. Não sejamos egoístas. A eternidade não existe para nós!

Faz parte dos meus planos de viagens conhecer o Dia dos Mortos, no México, onde esse dia é feliz, de comemoração. Os mexicanos misturam devoções cristãs com ritos das antigas culturas, o que resulta em uma comemoração singular em todo o mundo. É um dia para lembrar com alegria dos mortos, dos momentos em que estiveram entre nós. É um dia de cor, de celebrar a vida. 

Os mortos merecem a festa e nós precisamos aprender mais sobre o eterno ciclo de nascer e morrer!