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Faz tempo que não esbarro num livro tão ruim. Só não o atiro
no lixo porque devo mesmo aceitar que sou teimosa. Quero chegar até o ponto
final para ter a certeza de que nunca mais quero ler nada escrito por essa
escritora brasileira.
Pior é saber da sua fama popular e que tem seus leitores. Como
conseguem? Viro as páginas e leio palavras sem alma. A cada nova página, ratifico
o quanto essa leitura me sacrifica.
Mas pelo menos tive a sorte de esbarrar esta semana num
ensaio da jornalista e professora da Universidade de Brasília Regina Dalcastagnè sobre
o livro Literatura brasileira
contemporânea: um território contestado (Editora Horizonte e Editora da
UERJ), em que ela aborda o elitismo na literatura brasileira – uma espécie de
porta a sete chaves onde passam com mais facilidade jornalistas e acadêmicos.
Como se os marginalizados não tivessem o que contar, não
soubessem escrever... Como se somente os bem-nascidos soubessem escrever, tivessem o que contar...É um preconceito pouco discutido. Há ideias, histórias, poesias perdidas, por
exemplo, em blogs e sites pela internet. Às vezes, esbarramos nesses talentos
desconhecidos.
Mas o que gostei mesmo foi de uma frase do ensaio, que cabe
perfeitamente para explicar esse livro que teimo em ler: “Publicar um livro não
transforma ninguém em escritor, ou seja, alguém que está nas livrarias e nos
jornais.”
Na próxima semana começa a contagem regressiva. Até lá,
deixo com vocês uma música que adoro! Bom fim de semana!
Perfeito, Rovênia. Por um lado, atualmente estamos imersos nesse mundo digital cheio de oportunidades e facilidades. Por outro lado o advento do mundo virtual não quebrou o elitismo da literatura. Já ouvi um colega dizer "Escrevo crônicas" então eu disse: "Que legal, você é um cronista!" E ele: "Não me sinto um... Pois tudo o que faço está na tela. Não sei se mereço ser chamado de cronista."
ResponderExcluirHá escritores que se forjam no academicismo das elites, alguns bons outros ruins. Mas há aqueles que não se forjam, possuem dentro de si o aço da palavra capaz de cortar qualquer corrente os os impede de transbordar em palavras, ainda que não publiquem.
ResponderExcluirUm saudoso abraço e um final de semana com tulipas vermelhas florindo o jardim de teus pensamentos.
Rovênia, também já esbarrei num livro tão ruim, digno de lixo. Voltei à livraria, provei com o que estava escrito numa das páginas o péssimo teor e troquei-o por outro!
ResponderExcluirQuanto ao elitismo, está certo que muito mais fácil para um jornalista ou para quem está na tv ter uma obra publicada.
Beijo
É isso mesmo Rovênia..nem todo mundo que escreve vira escritor..Parabéns pela persistência em ler o livro até o final..eu não conseguiria. Abraços. Sandra
ResponderExcluirPassando para te desejar uma boa segunda e já comentei sobre esse post..lembro de ter dito como consegue ler um livro que não está gostando..Abraços. Sandra
ResponderExcluirrs Engraçado ter encontrado seu blog e você estar falando justamente sobre um assunto que estava comentando com meus amigos. O quanto tenho lido coisas ruins, e o pior o quanto minhas analises parecem piada quando dita aos fãs dessa literatura xinfrim. Bacana o blog.
ResponderExcluirDepois passa no meu www.narellybatista.com
Bjs
Legal o debate sobre os livros de péssimo gosto. Infelizmente, muitos que mereciam um espaço nas livrarias não os conseguem.
ResponderExcluirFalarei brevemente sobre um grupo de pessoas de Curitiba que tomaram a iniciativa de mudarem este quadro.
Gostei de seu blog e já estou seguindo!
Passe lá no http://simplesinspiracoes.blogspot.com
Beijos ;)
Vi a indicação desse seu post lá no blog de Ana Paula hoje e assino embaixo, rubrico, autentico e reconheço a firma.
ResponderExcluirMinha admiração, carinho e desejo de tda sabedoria e alegria que há na simplicidade, no bom gosto, na opinião, conduta e consumo voltados para valores que vão além de cifras, unanimidades e marketing´s.