Os livros são um encanto, mas o que aprendemos neles podem nos trazer desencantos na vida real. Vou explicar, claro!
![]() |
Imagens da Internet |
Um professor universitário, que sempre foi leitor voraz, contou-me a história de quando era menino urbaníssimo. Havia tirado notas máximas nas provas sobre a política do "café com leite" no Brasil. Mas, uma dia, ao ser solto na natureza correu para colher jabuticabas que se fartavam nas árvores. Na hora do almoço, o anfitrião quis saber por que ele não queria comer.
- Não estou com fome porque estou com a barriga cheia de jabuticadas.
Educadamente, o anfitrião disse que não era época de jabuticaba e que, portanto, ele havia comido outra coisa.
- Como era essa fruta?
- Eram redondinhas e vermelhas! - explicou o menino estudioso.
O menino havia comido café. Ou seja, a priori o conhecimento da política econômica cafeeira não transpôs a teoria.
Achei graça dessa história, até porque lembrei que também já fui enganada pelas frutas. Passei a infância inteira, no interior de Minas, comendo jamelão achando ser pitanga. E pior, arrastei o equívoco até a juventude, aqui em Brasília, quando alguém me disse para não deixar o carro sob os pés de jamelão.
P.S.: A nossa língua complicada aceita jabuticaba e jaboticaba, mas o problema aqui é saber identificar a fruta na árvore: é jabuticada ou jamelão?
Bom fim de semana!