Li, por aí, que "a repetição cria expectativas inconscientes e que estas só se tornam conscientes a partir do momento em que algo sai errado. Assim, não percebemos as batidas do relógio, mas notaremos o silêncio, se o relógio parar".
Na "calle" histórica, o tique-taque só é percebido por quem desacelera o passo e exclui o burburinho da rua. É um tique-taque sem pressa, que acalma, que encanta e paralisa. Minutinhos preciosos que deixei ali num cantinho do tempo. Nunca pensei que me apaixonaria por um velho e conhecido tique e por um taque, por um tique e por um taque ... numa alternância desapressada.