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Na pressa esqueci o livro em casa. Fico devendo a foto |
Resolvi revirar ontem uma caixa com livros guardados.
Estava à procura de um exemplar para contar uma história sobre “off”, mas isso
vai ficar para depois. Encontrei uma
raridade que simplesmente havia esquecido no tempo. Fiquei tão contente de
achá-la!
É um livro fino, coletânea de textos escritos
por calouros do primeiro semestre de jornalismo da Universidade de Brasília (UnB).
Cada aluno da turma teve direito a dois textos. Eu fui tão privilegiada, como
pude esquecer isso... O texto que abre a coletânea é de minha autoria, aos 17
anos.
Ri
de mim mesma. Era um conto policial. Imagina, nessa época lia Agatha Christie e
Stephen King. Poderia ter vergonha ao relê-lo, mas não, achei até bem bonzinho.
Tirando erros de pontuação e o adjetivo “carrancudo” que repeti demais, a
história é bacaninha. Só é meio grande. Vou dividi-la em capítulos, como faz a
minha amiga R. Vieira, para vocês lerem a partir de segunda.
Mas
havia outras duas surpresas nesse livro. Eu, que vivo invejando quem escreve versos, não é
que tenho uma poesia publicada? Meu Deus, eu escrevi uma poesia? Juro, havia
apagado da mente, completamente. A última surpresa foi um texto escrito por uma
grande amiga daquela época, chamada Ana Cláudia Ilha. Perdi o contato. Ela
mudou-se para os Estados Unidos e fomos separadas pela vida. Mas naquele
semestre, de caloura, um dos textos que ela escolheu para publicar era uma descrição
minha. Fantástico ler e constatar como ela me via.
Saudades
daquela turma, daquele momento eternizado no livro que intitulamos Com fusão em confissões. Na contracapa, o comentário é de Carlos Chagas, nosso
professor de ética. Suas aulas eram no mínimo engraçadas. Era um andar pra lá e
pra cá, soltando baforadas. Naquela época, o professor não achava antiético
fumar em sala de aula. Escreveu que anos mais tarde muitos de nós já não
estaríamos escrevendo, outros se arrependeriam dos textos escritos, e nos
aconselhava a ser como ele: um eterno sonhador.
Os
textos foram escritos nas aulas de Oficina de Texto 1, do professor Climério Ferreira. Quem não
conhece? Climério Ferreira nasceu no Piauí e mudou-se para Brasília em 1962. É
poeta e da sua fase como cantor, surgiram parcerias com Fagner, Dominguinhos,
Nara Leão, Tim Maia. Climério é irmão dos também compositores Clodo e Clésio,
com várias composições de sucesso na nossa MPB.
Deixo com vocês um bom fim
de semana, versos de Climério e uma letra dele cantada por Dominguinhos: Riso
Cristalino.
SONHO DE CONSUMO
Quando o supermercado
Vender sentimentos
Vou querer comprar de volta
Certos momentos
Climério Ferreira
Nem vou falar que fiquei toda boba quando fui surpreendida, no meio da leitura,com meu nomezinho citado por você!
ResponderExcluir(hehehe)
Já estou louquinha para ler o texto.Acho muito bacana estes reencontros que temos com nossas produções, quantas coisas nos vem à mente. É bom demais!!!
Beijocas lindas!
E bom fim de semana pra ti! .))
Rovênia, putz! Que raridade mais gostosa de ser encontrada. Gostei muito da criatividade do título do livro "Com fusão em confissões". Cada um que entenda como quiser, não é?
ResponderExcluirImagina que legal a aula com o Carlos Chagas e todos esses recuerdos.
Quando eu ví a postagem sobre o Simca Chambord, fiquei desconfiado que se eu e você fossemos jogar conversa fora teríamos muito o que falar e lembrar. Agora, depois dessa postagem, tenho certeza...
Um abração
Manoel
Adorável postagem, Rovênia.
ResponderExcluirSei que como a Emília do Lobato, cada texto será uma pílula mágica que compartilhará conosco.
Abraço!
Ah que bom quando mexemos no baú de retratos bilhetinhos e aqueles desenhos poesias e textos que fizemos a épocas tão felizes da nossa vida.
ResponderExcluirQuando acontece comigo _ sempre digo _era feliz e não sabia' rs
demorei tanto que o texto já chegou.vou lá ver,
beijos