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Visita ao mundo maia


Crianças maias: arquivo pessoal
 "Sempre lemos nos livros sobre a civilização dos maias, mas não imaginávamos que eles ainda existissem. Esse foi o nosso maior aprendizado de história na viagem que fizemos para Cancun, no México, em 2011. Após mergulharmos nas águas quentes e transparentes do mar do Caribe, enfrentamos três horas de ônibus para chegar a Chichen-Itzá, a cidade dos maias. Chichen-Itzá significa ''boca do poço (de água) do povo do Itzá". O dia estava bem quente, o suor descia pela camisa, mas foi emocionante ver aquela pirâmide de quatro faces e base quadrada e as ruínas da cidade maia, que é uma das novas maravilhas do mundo.

      Anotamos algumas das explicações do nosso guia, um mexicano típico, de estatura baixa, rosto redondo e gente boa. Aliás, segundo ele, os mexicanos são baixos por conta da quantidade de cálcio na água da região, que torna os ossos fortes e dificulta o crescimento. Sabemos lá se isso é verdade, mas o calor estava de matar e tratamos de descolar um chapelão de palha bem mexicano, um sombreiro para aliviar o sol. E ariba, ariba! Os maias colocavam talas nas cabeças dos bebês e, por isso, eles tinham cabeções. Isso era feito pelos nobres para diferenciá-los do povo em geral.
      Segundo o nosso guia, a pirâmide El Castilho tem disposição astronômica perfeita: quatro escadarias voltadas para os pontos cardeais, que somam 365 degraus, um para cada dia do ano. O guia começou a falar sobre o sacrifício para os deuses quando umas menininhas maias começaram a cantar na língua delas para agradar aos turistas e ganhar uns trocados. Demos um dólar. Reparamos nelas. Como o guia havia falado, os descendentes dos maias são diferentes dos mexicanos. Eles têm cabelos pretos e lisos, a pele de um amarelo queimado e os olhos puxados, como o dos orientais. Acima uma foto delas para quem não acredita ...
      Há 5 milhões de maias, sendo 2 milhões no México. Eles eram bons em astronomia e matemática. Foram a primeira civilização a reconhecer o zero. A escrita deles tinha 800 caracteres e o sol era referência para a agricultura. Eles plantavam muito milho. O fim do mundo anunciado para 2012 foi comentado também pelo guia. Segundo ele, não há nada disso. Os maias eram bons astrônomos e sabiam que a cada 52 anos havia o alinhamento perfeito dos astros. O próximo será em 2012 e daí a especulação toda em torno do fim do mundo.  O alinhamento durava oito dias e faz o planeta Vênus sumir do céu. Um guerreiro é sacrificado para que um ciclo de 52 anos tenha início. Após tanta informação fervilhando na  cabeça, voltamos felizes para o ar condicionado do ônibus.”
                              
(Texto escrito por Matheus e Rovênia Amorim)

  
* Republicado antes que o mundo acabe! Que bobagem, não?



4 comentários:

  1. Que doce fruto de parceria, Rovênia.

    Outro dia assisti um documentário sobre os mais, fiquei triste com eles, pois dizia que para suas construções haviam desmatado imensas áreas de floresta. Eu que os admirava quando estudei História da Matemática.

    Quanto ao fim do mundo, prefiro crer que todo dia ele acaba e começa de novo quando acordo, rs.

    Um abraço!

    ps.: seu espaço é cada vez mais interessante.

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  2. Uma experiência maravilhosa essa Rovênia, é como entrássemos no livro porque só por ali temos conhecimento desse povo antigo e tão cheio de história.
    Está rolando por aqui, na net _ o aviso da Nasa ,já viu? _ela confirma que no dia 21,ao fim da tarde ,o céu vai ficar muito escuro.E explica que é um fenômeno interessante chamado "noite". rsrs
    deixo muitos abraços ,agradeço sua simpatia seus blog especial com textos inteligentes, onde gosto de vir e espero ter sua companhia também em 2013.
    Um Feliz Natal junto aos seus queridos,

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  3. Rovênia, muito boa essa postagem. Me recordei de um monte de coisas que aprendi.
    Gostei do:
    "* Republicado antes que o mundo acabe! Que bobagem, não?"
    Enfim...
    Um abração
    Manoel

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  4. Que linda as crianças maias!
    Muito bom aprender um pouco aqui sobre esta civilização e vou também destacar que adorei a colocação do Will " ... todo dia ele acaba e começa de novo quando acordo".
    Beijo

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