Ilusões de infinitude
Como não se apaixonar por Lucrécio, pela sua poesia, ciência e inteligência? Ando às voltas com esse poeta e filósofo latino, que me intriga as noites, que me fascina nos dias.
"Por que os humanos teimam em ser tão infelizes? A resposta, segundo ele, tem a ver com o poder da imaginação. Embora sejam finitos e mortais, os humanos são vítimas de ilusões de infinitude - prazer e dor infinitos. A fantasia do prazer infinito ajuda a explicar sua tendência ao amor romântico: na crença equivocada de que sua felicidade depende da posse absoluta de um único objeto de desejo ilimitado, os humanos são tomados por uma fome febril e insaciável que só pode trazer angústia, e não felicidade."
(A Virada, Stephen GreenBlatt, p. 166)
Abaixo, trechos de Lucrécio que, segundo William Butler Yeats, prêmio Nobel de 1923, trata-se de "a mais bela descrição do ato sexual que já foi escrita":
"No próprio momento da posse, o ardor dos amantes flutua com as mãos. Apertam estreitamente o que desejaram, provocam dores no corpo, muitas vezes ferem os lábios com os dentes e os magoam de beijos."
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Bem interessante o post... Faz-nos pensar, divagar...
ResponderExcluirTalvez eu não tenha entendido direito, mas , a meu ver, não é só o poder da imaginação, é nosso instinto também, no qual faz parte uma coisa terrível, chamada paixão. Uns poucos são imune a isso(á paixão). O mito do cupido tem muito a ver. E a descrição do ato sexual, pelo Lucrécio, idem.
Me lembrei até quando eu e minha futura esposa, estávamos num corredor de um motel, escutamos , num dos quartos , uma mulher gemendo muito, aí eu disse: tem alguém passando mal aqui.rs
A infelicidade humana, lógico, não consiste apenas em paixões, em desejos de posse, ela é maior ainda e, nem sempre uma determinada pessoa a provoca. Essa é minha modesta opinião.
Sorry pelo testamento.rs
Lindo post e bela definição! beijos,ótimo dia! chica
ResponderExcluiroi Rô
ResponderExcluirSe colocamos nossa felicidade nas mãos dos outros corremos o risco de decepção.
A felicidade tem que estar dentro da gente. As pessoas que colocam a felicidade em bens materiais, em objetos e pessoas correm o risco de nunca estarem satisfeitas.
A vida é curta e o momento de ser feliz é agora!!!
bjokas =)
Acho que isso vem tb da cultura do Ter sobressaindo o do Ser...
ResponderExcluirÉ eu tenho uma namorada ser maior que ser um namorado...
É eu ter uma casa ser maior que ser um lar feliz...
E por ai vai... :)
Os humanos são vitimas das ilusões ao mesmo tempo em que elas são necessária! Amei o pensador, que não conhecia, mas estarei atento a sua filosofia! abraços
ResponderExcluirA reação deixa um rastro, a rebelião não deixa; é liberdade absoluta.
ResponderExcluirOsho
[ rebelião do tato, no caso, rs]
beij0
Boa tarde Rovenia.. desconhecia este autor.. uma bela frase para ser refletida.. e vivenciada bjs lindo dia grato pela doce visita
ResponderExcluirComo comentário, uma citação do próprio.
ResponderExcluirAssim como as crianças, que no escuro tremem de medo e temem tudo,
nós, na claridade, às vezes temos receio de certas coisas
que não são mais terríveis do que aquelas que as crianças temem
no escuro e pensam que acontecerão a elas. Lucrécio
Nossa que legal, gostei disso: "os humanos são vítimas de ilusões de infinitude"
ResponderExcluirÉ isso mesmo, gostei demais! Dá pra entender sua paixão!
Beijos!
Rovênia, se nos víssemos mais espiritual do que carnal, compreenderíamos da nossa infinitude. Assim seríamos mais feliz, posto que a carne morre, somente. Bjos.
ResponderExcluirBela reflexão.
ResponderExcluirAcho que o Lucrécio não conheceu o amor,teve paixões.
Um ótimo dia.
... é quando os rios encontram a imensidão do mar.
ResponderExcluirAbç!
Que lindo, Rovênia! Também concordo com o autor. Acho que temos sim essa obsessão pelo infinito, seja do lado bom ou do lado ruim... mas também é uma insatisfação que nos persegue, enquanto seres que pensam e questionam os caminhos que a vida toma!!!
ResponderExcluirBeijão!
Oi Rovênia _
ResponderExcluirJá li nas minhas andanças a cata de poetas alguma coisa dessa interessante figura romana ,algo sobre os elementos a chuva o vento as nuvens tentando explicar o quase inexplicável rsrs mas os poetas sabem tudo!!
Essa descrição do ato sublime do amor é demais amiga! e quem ainda não experimentou os lábios 'magoados de beijos? quem??
lindo, amei!